Dia Mundial da Saúde Digestiva

Microbioma Intestinal

O Dia Mundial da Saúde Digestiva, criado pela Organização Mundial de Gastroenterologia, foi comemorado ontem, dia 29 de maio

Em comemoração a essa data, trago um texto elaborado por mim, sobre o tema “microbioma intestinal”, que está diretamente ligado à saúde do trato gastrointestinal e principalmente com a saúde humana.

O termo microbioma se refere ao somatório dos microrganismos, seu genoma e aos fatores ambientais do seu habitat no intestino (1).

Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, a importância desta data para toda a população e aos profissionais da saúde, é mostrar a grande importância que o microbioma intestinal possui para a saúde humana, não somente na digestão e na absorção de alimentos.

Alguns autores, mostram que esse microbioma é capaz de exercer funções metabólicas, imunológicas e neurais (2,3), ainda sintetizar vitaminas K, B1 e B12 (4) e produzir metabólitos, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) (5). Ajudando também no tratamento de doenças do próprio intestino, como por exemplo a síndrome do intestino irritável e doença de Crohn.

Quando em desequilíbrio, isso é, o número de microrganismos patobiontes está aumentado em relação ao número de microrganismos simbiontes, esse microbioma desencadeia complicações para a saúde humana (6).

O consumo de alimentos com probióticos, prebióticos ou simbióticos, podem otimizar esse microbioma e corrigir possíveis desequilíbrios. Estão naturalmente presentes em vegetais, frutas, iogurtes, de forma adicionada ao alimento e de forma manipulada.

Uma curiosidade, exercícios praticados de maneira leve/moderada e de curta duração podem favorecer positivamente para esse microbioma. Porém quando praticados de maneira intensa e de longa duração, provocam um impacto negativo sobre o mesmo (7).

Esteja sempre atento ao seu intestino.

Saúde intestinal é coisa séria.

REFERÊNCIAS

  1. MARCHESI, Julian R.; RAVEL, Jacques. The vocabulary of microbiome research: a proposal. 2015.
  2. GERRITSEN, J. et al. Intestinal microbiota in human health and disease: The impact of probiotics. Genes and Nutrition, v. 6, n. 3, p. 209–240, 2011.
  3. CLEMENTE, J. C. et al. The impact of the gut microbiota on human health: An integrative view. Cell, v. 148, n. 6, p. 1258–1270, 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2012.01.035>.
  4. SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, n. 1, p. 1–16, 2006.
  5. PORTUNE, K. J. et al. Gut microbiota role in dietary protein metabolism and health-related outcomes: The two sides of the coin. Trends in Food Science and Technology, v. 57, p. 213–232, 2016.
  6. SEKIROV, Inna et al. Gut microbiota in health and disease. Physiological reviews, v. 90, n. 3, p. 859-904, 2010.
  7. MATSUMOTO, M. et al. Voluntary running exercise alters microbiota composition and increases n-butyrate concentration in the rat cecum. Bioscience, Biotechnology and Biochemistry, v. 72, n. 2, p. 572–576, 2008.

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