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FOME EMOCIONAL, VOCÊ SABE A DIFERENÇA?

Vocês perceberam que durante a pandemia, em resposta ao estresse e a ansiedade, a sensação de fome aumentou? Existe uma explicação fisiológica que relaciona estresse e ansiedade com fome. Vou tentar colocar alguns mecanismos de forma clara e objetiva.

Nos seres humanos, o estresse é um dos fatores de maior influência sobre o comportamento alimentar; podendo levar ao aumento da ingesta calórica. É importante ressaltar que, sob condições de estresse, a ingestão de alimentos mais palatáveis e caloricamente densos se eleva.

Esse efeito é mediado especificamente por neurônios que expressam o neuropeptídio Y (NPY), um estimulador conhecido da ingestão de alimentos (localizado no hipotálamo) e que também melhora a capacidade de lidar com o estresse. Tem sido demonstrado que a estimulação acentuada do NPY conduz à um fenótipo de obesidade.

Mas e agora, você sabe diferenciar a FOME emocional da fome física?

FOME FÍSICA: A fome cresce de forma gradativa, o estômago ronca, você pode começar a pensar em comida, não é seletivo (comida específica), algumas horas se passaram desde a última refeição, comum após atividades físicas, a alimentação traz saciedade e satisfação.

FOME EMOCIONAL: Ausência de sinais físicos, desejos seletivos (ex: doces), comer coisas doces/gordurosas parecem ser a melhor opção, pouco tempo se passou desde a última refeição, a refeição não traz saciedade e satisfação, fica “fuçando” armários e geladeira atrás de guloseimas e muitas das vezes não sabe nem o que está procurando. Se algum desses “sintomas” acontece com você “CUIDADO” pode ser que você não esteja necessariamente com fome!

DISTRAÍA, ocupe a cabeça, leia um livro, assista um filme, faça exercícios físicos, escute alguma música, medite, converse com amigos ou familiares. Talvez com essas dicas, essa “fome” passe e você evitará de comer alimentos densamente calóricos.

Mais uma dica para vocês,

Beijos do NUTRI.

Ref: Nat Rev Endocrinol (2019) doi:10.1038/s41574-019-0298-z.

Microbioma Intestinal

Dia Mundial da Saúde Digestiva

O Dia Mundial da Saúde Digestiva, criado pela Organização Mundial de Gastroenterologia, foi comemorado ontem, dia 29 de maio

Em comemoração a essa data, trago um texto elaborado por mim, sobre o tema “microbioma intestinal”, que está diretamente ligado à saúde do trato gastrointestinal e principalmente com a saúde humana.

O termo microbioma se refere ao somatório dos microrganismos, seu genoma e aos fatores ambientais do seu habitat no intestino (1).

Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, a importância desta data para toda a população e aos profissionais da saúde, é mostrar a grande importância que o microbioma intestinal possui para a saúde humana, não somente na digestão e na absorção de alimentos.

Alguns autores, mostram que esse microbioma é capaz de exercer funções metabólicas, imunológicas e neurais (2,3), ainda sintetizar vitaminas K, B1 e B12 (4) e produzir metabólitos, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) (5). Ajudando também no tratamento de doenças do próprio intestino, como por exemplo a síndrome do intestino irritável e doença de Crohn.

Quando em desequilíbrio, isso é, o número de microrganismos patobiontes está aumentado em relação ao número de microrganismos simbiontes, esse microbioma desencadeia complicações para a saúde humana (6).

O consumo de alimentos com probióticos, prebióticos ou simbióticos, podem otimizar esse microbioma e corrigir possíveis desequilíbrios. Estão naturalmente presentes em vegetais, frutas, iogurtes, de forma adicionada ao alimento e de forma manipulada.

Uma curiosidade, exercícios praticados de maneira leve/moderada e de curta duração podem favorecer positivamente para esse microbioma. Porém quando praticados de maneira intensa e de longa duração, provocam um impacto negativo sobre o mesmo (7).

Esteja sempre atento ao seu intestino.

Saúde intestinal é coisa séria.

REFERÊNCIAS

  1. MARCHESI, Julian R.; RAVEL, Jacques. The vocabulary of microbiome research: a proposal. 2015.
  2. GERRITSEN, J. et al. Intestinal microbiota in human health and disease: The impact of probiotics. Genes and Nutrition, v. 6, n. 3, p. 209–240, 2011.
  3. CLEMENTE, J. C. et al. The impact of the gut microbiota on human health: An integrative view. Cell, v. 148, n. 6, p. 1258–1270, 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2012.01.035>.
  4. SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, n. 1, p. 1–16, 2006.
  5. PORTUNE, K. J. et al. Gut microbiota role in dietary protein metabolism and health-related outcomes: The two sides of the coin. Trends in Food Science and Technology, v. 57, p. 213–232, 2016.
  6. SEKIROV, Inna et al. Gut microbiota in health and disease. Physiological reviews, v. 90, n. 3, p. 859-904, 2010.
  7. MATSUMOTO, M. et al. Voluntary running exercise alters microbiota composition and increases n-butyrate concentration in the rat cecum. Bioscience, Biotechnology and Biochemistry, v. 72, n. 2, p. 572–576, 2008.

Quanto mais emagrecemos, mais fome sentimos, sabia?

Você sabia que quanto mais emagrecemos, mais fome sentimos?


Isso tem explicação fisiológica, sabia?!


Uma pessoa para ou até mesmo estagna no processo de emagrecimento, porque a ingestão calórica aumenta, ou seja, o platô no emagrecimento acontece devido ao consumo de mais calorias na dieta e acaba eliminando o déficit calórico.


A maior ingestão calórica após o emagrecimento pode acontecer devido ao aumento da fome, sendo que o déficit calórico sustentado por vários dias modifica a produção de alguns hormônios que influenciam a fome.

Ao emagrecer ocorre redução de hormônios que geram saciedade como: leptina, insulina, CCK, GLP-1 e PYY. Ao mesmo tempo o hormônio que gera fome aumenta, como a GRELINA. Esse perfil hormonal aumenta a sensação de fome.

Por isso, ao emagrecer a fome tende a aumentar. Uma constância nos treinos e uma boa ingestão de proteínas/fibras são variáveis importantes para a manutenção da perda de peso e principalmente na saciedade.

Beijos do nutri e até a próxima.

Foco, Paciência, Dedicação e Autocontrole

“Disciplina é fazer o que precisa ser feito, mesmo sabendo que não quer fazer”.

“Faça o seu melhor, nas condições que possui”.

Foco para ter um objetivo;

Paciência para chegar ao objetivo;

Dedicação para fazer o seu melhor;

E principalmente AUTOCONTROLE, dita quem alcança e quem desiste;

Essas 4 palavras se colocadas em prática, você conseguirá chegar em qualquer lugar e atingir qualquer objetivo.

Quem possui esses “4 princípios” tem tudo!

Boa semana a todos!

Restrição na Páscoa?

Restrição alimentar na Páscoa?

Quem aqui não está esperando o famoso dia para comer aquele chocolatinho gostoso? Brincar com o filho(a) de coelhinho da Páscoa?

Pois então, quando o assunto são datas comemorativas como a Páscoa, no meu ponto de vista não vale a pena se privar daquele doce (ovo de chocolate recheado), ou até mesmo do almoço e jantar em familia.

Se você é uma pessoa que faz dieta certinho o ano inteiro, 7 dias por semana e 24 horas por dia, pode ter certeza que “1” dia de “jacada” na dieta, não irá interferir nos seus resultados estéticos, pelo contrário, pode até ser benéfico para você. Com certeza isso servirá como um “alivio” no psicológico e auxiliará na sua continuidade com a dieta.

Quando falamos em emagrecimento, estamos falando em deficit calórico, ou seja, comer menos do que se gasta. Então se você está pensando em aproveitar a Páscoa, faça isso! Porém vou te ajudar com algumas dicas que podem “auxiliar” no processo de “não engordar”:

1- Faça um exercicio, não precisa ser de modo “loucura”, apenas faça um;

2- Cuidado com a sua alimentação ao longo do dia, como de tudo um pouco;

3- Quantidades é o segredo;

4- Hidrate-se;

5- Aproveite a sua familia.

Deixe para pensar em resultados estéticos em outra ocasião, aproveite o momento (mas sempre com cautela).

Agora se seu objetivo é hipertrofia, ou como todos conhecem “ganho de massa”, ai com certeza pode aumentar sua ingesta calórica e comer um pouco mais. Mas claro, isso não quer dizer que você não irá ganhar gordura, por você vai. Mas so quer dizer que seu objetivo não está “tão preocupado” com isso.

Claro, existem aqueles paciente que o assunto são alterações metabólicas e correção de marcadores bioquímicos (exame de sangue), nesse caso, com toda certeza do mundo o exagera pode agravar bastante esse quadro. Então aproveitem, mas sempre com cautela.

Espero poder contribuir para você e sua família possam aproveitar a Páscoa.

Beijos do Nutri e uma feliz Páscoa!